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CORRETOR DE IMÓVEIS CRECI/SP Nº 100772-F

domingo, 5 de dezembro de 2010

REAÇÕES DO MERCADO IMOBILIÁRIO

O balanço de 2009 do sindicato da habitação (Secovi) mostra que foi rapidamente superada a crise do setor, no Município de São Paulo, com lançamentos de 30,1 mil unidades, inferiores em cerca de 13% aos de 2008. Até julho, foram lançados 9.753 imóveis, menos de um terço do total do ano, mas a retomada foi expressiva a partir de agosto. Apenas no último bimestre 10.142 unidades foram lançadas.

Para 2010, a previsão é de crescimento de 5% na comercialização de imóveis novos e de 10% nos lançamentos.

Predominam, no mercado paulistano, escassez e alto custo de lotes. Por isso, nas regiões mais valorizadas, o preço do m2 de área útil construída chega a superar R$ 10 mil, inacessível para as faixas de renda média.

Os preços no mercado local se aproximam dos de países desenvolvidos, onde são mais raras ainda as áreas edificáveis. Não há solução fácil para o problema. As propostas de mudança do zoneamento, para ampliar a oferta de lotes, trazem riscos de deterioração urbana.

Assim, a escassez de lotes na cidade de São Paulo tornou-se problema para a indústria da construção civil, capaz de afetar a oferta num momento em que o ritmo de vendas dos últimos meses confirma "que a confiança do consumidor está nos mesmos níveis do período pré-crise de 2008", como observa Celso Petrucci, diretor do Secovi.

Não falta crédito, nem proveniente do FGTS nem das cadernetas de poupança. No mês passado foram financiadas, no País, 22,8 mil unidades, no montante de R$ 2,87 bilhões, com recursos das cadernetas. Em 12 meses esse montante atingiu R$ 35 bilhões, destinados a 307,9 mil imóveis - dois recordes históricos. E o Secovi estima em R$ 18 bilhões a oferta de financiamentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal.

Segundo os dados do Banco Central, aumentaram em 45,9% os empréstimos à habitação, nos últimos 12 meses, até janeiro, atingindo R$ 88,8 bilhões. Mesmo uma possível elevação dos juros básicos não constituirá ameaça à atividade imobiliária, pois 2/3 dos recursos das cadernetas e a totalidade dos saldos do FGTS são remunerados a taxas entre 0,25% e 0,5% ao mês, mais a TR (que hoje é zero).

A ampliação do mercado imobiliário paulistano dependerá mais, portanto, de políticas inovadoras, voltadas, por exemplo, para o adensamento de áreas centrais, com infra estrutura e que não necessitam de mudanças de zoneamento.

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